19 de outubro de 2025

Enhertu revoluciona o tratamento do câncer de mama inicial

Descubra como o uso precoce do Enhertu redefine protocolos oncológicos e amplia chances de cura no câncer de mama inicial.

Enhertu revoluciona o tratamento do câncer de mama inicial

A chegada do Enhertu no câncer de mama inicial representa um divisor de águas no tratamento oncológico. Dados recentes apresentados no ESMO 2025 evidenciam que o uso precoce desse anticorpo-conjugado (ADC em oncologia), antes restrito à doença metastática, amplia significativamente as taxas de cura. Essa evolução não apenas destaca os benefícios do Enhertu na prática clínica, mas também pressiona por protocolos oncológicos atualizados. O movimento sugere a iminente substituição de regimes tradicionais de quimioterapia por abordagens mais direcionadas e personalizadas, inaugurando uma nova era de tratamento personalizado do câncer para pacientes brasileiros.

O mecanismo de ação do Enhertu no câncer de mama inicial representa uma inovação significativa frente à quimioterapia convencional. Como um anticorpo-conjugado (ADC), o Enhertu une a precisão do anticorpo anti-HER2 ao potente efeito citotóxico do deruxtecano, sendo direcionado diretamente à célula tumoral que expressa HER2. Após a ligação, o complexo é internalizado, liberando o agente quimioterápico no interior da célula neoplásica, induzindo apoptose e minimizando danos às células saudáveis. Esse princípio reduz consideravelmente os efeitos colaterais associados à quimioterapia tradicional e permite um tratamento personalizado do câncer, alinhado ao perfil do tumor e às diretrizes de protocolos oncológicos atualizados. Para profissionais de saúde, compreender os benefícios do Enhertu e suas diferenças mecânicas em relação à quimioterapia, fortalece a capacidade de decisão clínica diante da complexidade dos casos precoces de câncer de mama.

Os estudos DESTINY-Breast11 e ADRISK apresentados no ESMO 2025 destacaram o impacto revolucionário do Enhertu no câncer de mama inicial HER2+. Dados do DESTINY-Breast11 mostraram aumento significativo na sobrevida livre de doença invasiva e redução nas taxas de recorrência, quando comparado à terapia padrão baseada em quimioterapia. Além disso, o perfil de segurança favorável e a eficácia demonstrada em subgrupos difíceis, como pacientes com expressão baixa de HER2, reforçaram os benefícios do Enhertu. Essas evidências sugerem não só superioridade sobre protocolos oncológicos atualizados, mas também um novo paradigma para ADC em oncologia e maior potencial para o tratamento personalizado do câncer. Profissionais de saúde devem considerar esses resultados ao revisar o impacto na quimioterapia tradicional e ao planejar terapias multidisciplinares em casos iniciais.

A incorporação do Enhertu no câncer de mama inicial coloca em pauta mudanças essenciais nos protocolos do SUS e da medicina suplementar no Brasil. Com evidências robustas de eficácia e perfil de segurança aprimorado, cresce a discussão sobre atualização das diretrizes nacionais, especialmente para grupos definidos por biomarcadores como a expressão de HER2. No âmbito do SUS, a adoção do Enhertu pode otimizar o impacto na quimioterapia, reduzindo internações e custos com efeitos adversos. Já na saúde suplementar, a tendência é de ampliação dos benefícios do Enhertu de modo mais célere, favorecendo o tratamento personalizado do câncer e a integração definitiva dos ADCs em oncologia aos protocolos oncológicos atualizados. Para profissionais, acompanhar essas mudanças será fundamental para garantir acesso equitativo e tratamentos alinhados à biotecnologia de ponta.

A inovação dos anticorpos conjugados a drogas (ADCs) está transformando o tratamento oncológico, inclusive com o uso do Enhertu no câncer de mama inicial. Os últimos avanços incluem aprimoramentos nos linkers – componentes que unem o anticorpo e o agente citotóxico – permitindo liberação mais precisa do fármaco, reduzindo toxidade sistêmica e facilitando tratamentos personalizados conforme o perfil molecular do tumor. A personalização do tratamento exige equipes multidisciplinares aptas a interpretar biomarcadores e integrar biotecnologias, promovendo agilidade nas decisões clínicas. Embora os benefícios do Enhertu e de outros ADCs sejam evidentes em eficácia e no impacto na quimioterapia, os profissionais devem se atualizar continuamente sobre as novas tecnologias para adotar protocolos oncológicos atualizados e maximizar resultados para seus pacientes.

Em síntese, o uso do Enhertu no câncer de mama inicial aponta para um futuro de maior personalização e precisão nos tratamentos oncológicos. A rápida incorporação de ADCs em oncologia, como demonstram os estudos recentes, pode substituir parte da quimioterapia tradicional, reduzindo toxicidade e ampliando os benefícios do Enhertu para diferentes perfis de pacientes. O cenário exige que profissionais estejam atentos à atualização dos protocolos oncológicos, invistam em educação continuada sobre novas biotecnologias e promovam decisões multidisciplinares. Assim, é possível alinhar práticas clínicas ao que há de mais avançado, impulsionando as chances de cura e otimizando recursos.

Para detalhes dos estudos apresentados no ESMO 2025, acesse: https://www.statnews.com/2025/10/18/enhertu-early-breast-cancer-treatment-data-esmo-2025-astrazeneca-daiichi-sankyo/

Escrito por
Dr. Marcos Ladeira
Dr. Marcos LadeiraOrtopedista e Traumatologista
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